Sentir a natureza
Desde muito jovem que desenvolvi o amor pela natureza. Desde os tempos em que andava de mochila às costas, em que dormia na praia, e nas noites passadas em branco à volta de uma fogueira, que sinto a profunda inspiração que é sentir o pulsar da natureza. Sinto-me deveras triste sempre que se destrói um habitat, sempre que vejo um caçador de arma às costas a matar por divertimento, sempre que sinto que a maior parte da pessoas não tem alicerces morais para sentir a natureza. Quem viva e sente a natureza, sabe que existe algo de sagrado. Que há uma fusão entre alma e ambiente. Que há uma perfeição e sabedoria naturais, que por ser inexplicável nos faz sentir pequenos ante tamanha beleza. Amar a natureza é o ponto de partida para uma vida ecologicamente consciente e dentro do possível, sustentável. Quando existe essa identificação a identidade pessoal funde-se na identidade ecológica. É por isso que é preciso desde tenra idade incutir nas crianças os valores, os ideais e as experiências na natureza. Se o fizermos estamos a criar futuros adultos, não só mais conscientes como futuros defensores da natureza.