A escola deve ter um papel fundamental na formação ambiental dos alunos. Não só porque é uma forma de incutir respeito pela natureza, e também como forma de melhorar a relação da criança com o mundo, de forma torná-lo melhor. É preciso ensinar-lhes o que é ser ambientalista e ajudá-las a construir uma identidade ecológica e humanizada da relação homem/natureza. Deve a escola mostrar o contraste entre o que é a degradação ambiental e a natureza no seu estado primário e intocado. É na idade que medeia entre os seis e os dez anos que a criança mais absorve os ensinamentos que lhe irão modelar os passos ao longo da vida. Por isso deve a escola organizar passeios às montanhas, mochila às costas,percorrer trilhos, acampar junto a um riacho, e mostrar-lhe o ambiente sensorial dos prados floridos, a beleza dos animais em liberdade, o belo silêncio das florestas, a observação das aves, enfim ensinar-lhe a nutrir a alma com o que é belo e saudável. Todos nós adultos e crianças sentimos a necessidade de reincorporar a natureza nas nossas vidas, e todas as crianças devem ter uma experiência directa com a natureza. Outra experiência que a escola deve promover é a dos jardins e hortas urbanas. É muito fácil, bastam alguns vasos, algumas plantas, e algumas sementes, (pelas quais a criança deve ser responsável), e assim deve a criança começar a perceber a natuteza.
E agora um pequeno conto:
Era uma vez um menino que acreditava em fadas e duendes. Dizia mesmo que via fadas e duendes. Mas todos lhe diziam que tais seres não existiam. Então, pouco a pouco a criança deixou de acreditar e até de ver fadas e duendes. Aprendeu matemática, geografia, história, e todas as disciplinas que tornam um homem sério. Cresceu e tornou-se um adulto com muitos conhecimentos. Enriqueceu, mas perdeu a capacidade de sonhar.
Moral da história: parece que o conto não tem nada a ver com o texto supra, mas tem. Se aceitarmos as fantasias das crianças estamos a criar um mundo melhor e mais saudável.