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desafioecologico

“Quando o último rio secar, a última árvore for cortada e o último peixe pescado, eles vão entender que o dinheiro não se come”. Chefe Índio - Seattle - 1855

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“Quando o último rio secar, a última árvore for cortada e o último peixe pescado, eles vão entender que o dinheiro não se come”. Chefe Índio - Seattle - 1855

“Quando o último rio secar, a última árvore for cortada e o último peixe pescado, eles vão entender que o dinheiro não se come”.

Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz mais de um século e meio. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade. A carta:

"O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Nós vamos pensar na sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. O grande chefe de Washington pode acreditar no que o chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem. Como se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal ideia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre as coisas do nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo.

(Continua)

24 Out, 2023

A Graça da Vida

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Vivemos agarrados à superficialidade do consumismo e aos motores do crescimento económico míope. Quando deixamos de sentir que somos turistas no mundo natural é-nos revelado o sentido do todo. E essa é a resposta à questão de como fomos ou por quem colocados aqui. Contudo continuamos perguntar se fomos criados pela criatividade de cosmos, se fomos modelados por algum Deus ou se nascemos do corpo da Mãe Terra. A verdade é que estamos inextrincavelmente ligados a nível molecular a toda a manifestação da grande revelação. Somos peregrinos na Terra. Somos descendentes da bola de fogo. Contemplamos a unicidade do todo. E só quando quando realmente percebemos que somos natureza, que as  regras que se lhe aplicam, também se aplicam a nós, então, é que entendemos a Graça da Vida.

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«Ter consideração significa prestar atenção de uma determinada forma: intencionalmente, no momento presente e sem juízos de valor. Este tipo de consideração alimenta uma maior consciencialização, clareza e compreensão da realidade do momento actual. Alerta-nos para o facto das nossas vidas se revelarem apenas em instantes. Se não estivermos totalmente atentos a esses momentos, corremos o risco não só de perder aquilo que nos é precioso, mas também de não nos apercebermos da riqueza e profundidade das possibilidades para a nossa evolução e transformação.»

Créditos  - Jon Kabat-Zinn, Werever You Go, There You Are,

 

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«É exagerado dizer que cada um é aquilo que lê de manhã, mas é certo que não se é aquilo que não se faz. Uma manhã que começa com números, palavras ou máquinas é susceptível de se transformar num dia repleto das mesmas coisas. Quando se começa o dia a olhar para o céu, as árvores e os pássaros, pode ser este dominado por palavras e máquinas, mas pelo menos existirá uma perspectiva natural que oferece um contexto mais amplo. Um dia que se inicia com o reconhecimento de todos os processos vivos não pode ser totalmente mau.»

Créditos - Joseph W. Meeker , Minding the Earth

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Os indígenas da floresta amazónica são os verdadeiros defensores do mundo e das pessoas. Eles, os que lutam pela defesa da floresta, pela sua preservação, fazem mais que todas as acções dos pseudo defensores da natureza. Há mais profundidade e filosofia de vida num só pensamento desses povos do que em todas as parvoíces desses grupelhos sem bases nem projectos para defender a natureza. Para esses povos a floresta não são apenas árvores. A floresta é medicina, religião, filosofia, alimento e respeito. É essa a base que falta ao que se limita a protestar sem que as suas acções tenham qualquer viabilidade de serem levadas a sério. O que será que pensam os que se limitam a atirar tinta aos quadros dos mestres, a pintar vidros, a vazar pneus aos automóveis os a algemarem-se a grades? Será que se acham os grandes defensores da Humanidade?

A essa rapaziada deixo uma sugestão: porque é que não vão plantar árvores? Façam qualquer coisa de verdadeiramente útil.

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Thoreau relembra-nos que o bosque oferece uma paisagem de fundo para aliviar os nossos problemas enquanto passeamos. Contudo não devemos ser dominados pela nossa angústia, de tal forma  que não reparemos nas coisas belas que o bosque nos oferece. Passear no bosque deve ser como uma meditação, cujo foco fundamental é a reparação dos problemas do dia. O bosque deve tornar-se no esquecimento das coisas que nos atormentam e a caminhada deve servir para desanuviar o espírito.

Quero hoje partilhar um pequeno e belo texto de Thoreau sobre a natureza, tirado do seu ensaio Walking:

«É óbvio que de nada serve dirigirmo-nos ao bosque, se não formos mais longe. Fico alarmado quando acontece ter percorrido mais de um quilómetro fisicamente sem ter chagado lá em espírito. No meu passeio à tarde, fingia esquecer-me de todas as minhas preocupações e obrigações para com a sociedade. Mas por vezes não posso abstrair-me de alguma ideia, qualquer trabalho me ocupa o espírito e não me encontro onde está o meu corpo - estou fora de mim. Nas caminhadas que fazia, fingia voltar a mim próprio. Que direito tenho eu de estar no bosque, se o meu pensamento é sobre algo que está fora dele?»

Para Thoreau o bosque é um domínio sagrado e quando está lá espera fazê-lo em pleno; em corpo e em espírito.

De facto devemos interrogar-nos sobre o efectivamente vemos e apreciamos quando caminhamos, e não falo apenas no bosque, falo no dia-a-dia em plena rua. Quanto de nós está desperto para a contemplação?

Um pai leva os filhos a visitar o museu da ciência, isto passa-se nos EUA, mas imaginemos que +e em Portugal. Assistem a uma apresentação sobre a floresta tropical. Embrenhados nas cores e nos sons, envolvem-se num filme espectacular com uma profusão do reino dos insectos e das plantas. A imagem é interrompida abruptamente, uma serra motorizada a destruir as árvores, os fogos florestias vistos do espaço , a erosão e a deterioração. O filme inclui uma lição sobre biodiversidade e como a destruição mesmo de uma pequena área da floresta tropical pode ter consequências graves para as espécies que nela habitam. O filme termina. O homem sai da sala com os filhos e interroga-os sobre qual o impacto das imagens que acabaram de ver. Será que foi apenas mais um espectáculo sobre a natureza ou as crianças retiveram o sentido de perda?

Isto é o que devemos fazer para preparar e sensibilizar as crianças para o problema da destruição do planeta. É preciso fazê-las entender que são elas que no futuro cá viverão. Elas e os futuros filhos e poraí fora.

Créditos - inspirado no livro A identidade ecológica de Mitchell Thomashow

Só quando o último rio secar, a última árvore for cortada e o último peixe pescado, eles vão entender que dinheiro não se come” - Cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, 1855

O ambientalismo de hoje é uma espécie de Cassandra dos tempos modernos. Os ambientalistas retratam cenários apocalípticos, coisa que a maioria das pessoas se recusa a aceitar. A exemplo da Cassandra dos gregos poucos querem pensar nesses cenários e muitos nem sequer acreditam. Contudo eles estão aí. Chuvas ácidas. Corrosão dos solos. Buraco do ozono.Aquecimento global. Extinção de espécies, Etc.

Por outro lado o ambientalismo também se deve focar em cenários construtivos. Energia renovável e segura. Agricultura orgânica. Recuperação ecológica do ambiente. Reciclagem. Fim do crescimento económico ilimitado. Na verdade o que é preciso é demonstrar que há algo de errado na forma como vivemos e como estamos a usufruir do planeta. A função do ambientalista é a de sensibilizar as pessoas para as dificuldades que o planeta está a atravessar e mostrar todos têm a responsabilidade de fazer qualquer coisa. O ambientalista tem que dar o exemplo de que é possível viver de forma sustentável e mostrar que a defesa do ambiente começa em cada um. Se cada um fizer a sua parte, breve seremos milhões a contribuir para a salvação do planeta.

Devido ao preço exagerado das portagens. temos várias auto-estradas sem carros. O que significa que se investiu dinheiro para nada. Contudo há uma solução e não é nenhum coelho tirado da cartola, mas a ser aplicado, iria mexer com alguns interesses instalados.

 

O que proponho é o seguinte: todos pagamos o IUC, porque não pagar junto com este imposto um valor, que poderia ser por exemplo de 50 euros para ligeiros e outro valor que poderia ser de 100 euros para pesados e em troca passaríamos a ter acesso grátis a todas as auto-estradas?

Milhares de alunos não têm professor a algumas disciplinas. Os sindicatos dizem que com as actuais condições, ninguém quer ser professor. Mas o que os sindicatos não dizem é que as aulas abriram há pouco menos de um mês e já estão com baixa 5000 professores. Se transpusermos estas condições para uma empresa privada, gostaria que os sindicatos me respondessem qual seria o grau de planificação que essa empresa poderia fazer. Se o governo conta com 140 mil professores mas depois de colocados 5 mil metem baixa, como é que muitos alunos não ficam sem professor a alguma disciplina? Já agora também gostava que os sindicatos dissessem a quantos alunos sem aulas correspondem a 5 mil professores com baixa.

P.S. - parece que não há falta de médicos para passar baixa aos professores.

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